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A DÚVIDA DO CIRO

Atualizado: 28 de mar.



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A DÚVIDA DO CIRO

Além de intensa boemia e formidáveis talentos, a música popular brasileira do século passado está repleta de fatos pitorescos. Escolhi um, envolvendo o cantor e compositor carioca Ciro Monteiro, um artista que alcançou grande projeção entre as décadas de 1940, 1950 e 1960.

Dotado de enorme simpatia, sempre sorrindo, Ciro também era conhecido pelo apelido de Formigão e protagonizou programas tanto no rádio, quanto na televisão.

Depois que se separou da cantora Odete Amaral, Ciro foi morar sozinho, num apartamento na rua do Catete.

Mas o fato pitoresco foi relatado pelo próprio Ciro, bebericando chopp com amigos no Fiorentina, tradicional restaurante frequentado por artistas, na praia do Leme.

Uma noite, após uma bebedeira na Taberna da Glória, ex-reduto de Noel Rosa, Ciro chegou em casa cambaleante e depois de inúmeras tentativas de enfiar a chave na fechadura, finalmente conseguiu abrir a porta, estirou-se no sofá da sala e apagou ali mesmo. Horas depois acordou, caminhou até a porta de entrada, pegou o jornal que o porteiro, como sempre, colocara por debaixo da porta e, ainda meio zonzo, leu a manchete em letras garrafais: “MATARAM KENNEDY!”

Ciro baixou a cabeça, fez um enorme esforço, sem êxito, para lembrar o que fizera na noite anterior e murmurou pra si mesmo: “Pô, será que fui eu?” 

Selecionei um dos grandes sucessos de Ciro, “Se acaso você chegasse”, que poderá ser curtido na página Arts QA do site do Quartier des Arts.



 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 

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