Billie Holiday, monstro sagrado do Jazz
- Quartier des Arts
- 20 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de mai. de 2021
ARTS QA - POR MONSIEUR SERIN
ENCANTOS DA MÚSICA POPULAR
BILLIE HOLIDAY – UM MONSTRO SAGRADO DO JAZZ
Nascida na Filadélfia em 1915, Billie Holiday, nome artístico de Eleanora Fagan Gough, é considerada uma das maiores e melhores cantoras de jazz de todos os tempos. Sua infância e sua adolescência foram marcadas por muito sofrimento que ia desde o abandono por parte dos pais, humilhações, abusos sexuais, internação aos dez anos numa casa de correção, mendicância pelas ruas e prostituição dos 14 aos 18 anos. A vida de prostituta e um aborto traumatizante aumentaram suas crises de depressão, fazendo com que intensificasse o uso de álcool e drogas, levando-a a diversas tentativas de suicídio.
Em1930 começou a cantar em bares do Harlem, onde, após três anos, atraiu a atenção do crítico musical John Hammond que, encantado com sua voz marcante, levou-a a um estúdio, onde gravou seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Era o início de sua carreira, em 1933, obtendo enorme sucesso de vendas, possibilitando-lhe comprar uma casa e abandonar a prostituição. Passou a ganhar altos cachês, cantando em diversas casas noturnas conceituadas de Nova York. Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie e foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, numa época de segregação racial nos Estados Unidos (anos 1930). Consagrou-se, apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw e ao lado de Louis Armstrong.
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday sucumbiu ao alcoolismo e ao vício das drogas, chegando a ser presa em 1947. Billie Holiday faleceu em 1959, em Nova Iorque.
Selecionei três de suas formidáveis interpretações: I´ll be seeing you” (1944), “Don´t explain” (1946), “Speak Low” (1952).

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